terça-feira, 18 de outubro de 2011
Aneel aprova aumento de 7,82% para contas de luz da CEEE
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta terça-feira o reajuste de tarifa para a Companhia Estadual de Distribuição de Energia Elétrica (CEEE-D). O efeito médio na conta dos consumidores será de 7,82%. De acordo com a Aneel, a CEEE está inadimplente com encargos relativos ao setor e por isso o reajuste, previsto inicialmente para entrar em vigor em 25 de outubro, só poderá ocorrer após a comprovação da quitação das obrigações. Para os consumidores residenciais de baixa tensão (abaixo de 2,3 kV), o índice a ser aplicado nas contas deve ficar em 7,60%. Já para os clientes industriais de alta tensão (de 2,3 a 230 kV), o percentual aprovado chega a 8,23%. Os índices aprovados são o máximo que as empresas podem praticar. A CEEE atende a 1,5 milhão de unidades consumidoras, em 72 municípios do Rio Grande do Sul. Segundo o presidente da CEEE, Sérgio Dias, a falta de pagamento dos encargos mensais se deve ao prejuízo que a CEEE vem enfrentando para compensar o déficit de investimentos na rede: "Nesses últimos oito anos, quase R$ 1 bilhão deveria ter sido investido na rede e não foi. Com isso, nós estamos tendo problemas: a nossa tarifa não é reajustada em função do não investimento. Por outro lado, temos um ressarcimento ao consumidor muito elevado". Dias destaca que a negociação com a Eletrobras para o pagamento da dívida está em processo avançado. A CEEE pede um período de carência de seis meses para quitar os valores atrasados acumulados e promete assumir os valores mensais em dia já a partir do mês que vem. A expectativa da empresa é solucionar o impasse até a próxima semana para não atrasar o reajuste na tarifa: "Como isso vinha se acumulando, nós estamos propondo à Eletrobras um financiamento para essa dívida, para que, a partir desse financiamento, a gente possa ter o reajuste proposto pela Aneel e, com isso, honrar pelo menos os valores mensais e, no decorrer do próximo ano, conseguir quitar essa dívida. Esperamos que num prazo de dois anos, no máximo, a gente consiga reverter esse quadro negativo da empresa".
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