quinta-feira, 27 de outubro de 2011
Alunos da USP ferem dois PMs na cabeça com pedradas
A prisão de três estudantes que fumavam maconha dentro do campus da Universidade de São Paulo (USP) no início da noite desta quinta-feira provocou uma confusão entre alunos do curso de História e policiais militares. Dois PMs foram feridos na cabeça por pedradas jogadas pelos estudantes. Quatro viaturas da corporação foram destruídas pelos manifestantes. O cinegrafista da TV Bandeirantes, Milton Lara Carvalho, foi agredido e ficou ferido no rosto. Ele teve a moto derrubada e câmera danificada. "Estava filmando quando um dos estudantes me deu um tapa na cara", contou Carvalho, que vai registrar boletim de ocorrência da agressão. A polícia teve de usar gás lacrimogênio e spray de pimenta para dispensar os baderneiros, que queriam forçar a liberação dos estudantes presos. Apesar da resistência, os três foram levados para o 91º DP, na Vila Leopoldina. “A polícia só disparou gás depois que os estudantes jogaram um cavalete no carro da PM”, afirmou o policial José Ricardo Caresi: “Os alunos detidos toparam sair do campus com a PM, mas os colegas não deixaram". Os três estudantes foram liberados depois de assinarem um termo circunstanciado. Eles foram autuados por porte de droga. A professora Sandra Nitrine, diretora da Faculdade de História tentou conter o tumulto, mas foi em vão, e seguir até a delegacia acompanhando os alunos presos. De acordo com o relato de estudantes, por volta das 18h30, dois policiais militares abordaram três estudantes que fumavam dentro de um carro na entrada da Faculdade de História. Ao verem a droga, os policiais resolveram conduzir os alunos para a delegacia. Nesse momento, outros estudantes começaram um tumulto para impedir que os detidos entrassem na viatura. Foi aí que começou a pancadaria. “O pessoal foi para cima da PM”, disse um aluno da História. Victor Ferreira, também estudante da faculdade, lamentou: “Os PM estavam quase cedendo e liberando os colegas quando chegou o reforço". Após a saída dos policiais com os três presos, cerca de 300 estudantes organizaram um protesto em que pediam a renúncia do reitor Grandino Rodas, a retirada da PM do campus e a dissolução do Diretório Central dos Estudantes, que, para eles, foi conivente com a polícia. Entre os manifestantes, muitos fumavam maconha. "Eles fumam na cara dura", constatou um dos seguranças da universidade. Esses vagabundos vão para a universidade gratuita, paga pelo povo, para fumar maconha, e não para estudar.
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