sábado, 10 de setembro de 2011
Procuradoria denuncia 12 por venda de sentenças no Mato Grosso
O Ministério Público Federal de Mato Grosso denunciou sob acusação de improbidade administrativa 12 suspeitos de envolvimento em um suposto esquema de venda de sentenças na Justiça Eleitoral do Estado. Entre os denunciados estão o ex-presidente do TRE-MT, Evandro Stábile, os advogados e ex-juízes eleitorais Eduardo Jacob, Renato Viana e Maria Abadia Aguiar, uma ex-prefeita e servidores públicos. Segundo a Procuradoria, as investigações começaram em 2009 e apuraram a existência de uma suposta rede de intermediários que fazia "corretagem" de decisões judiciais no Estado. Por envolver desembargadores, a investigação criminal do caso tramita no Superior Tribunal de Justiça, que ainda não decidiu se aceita a denúncia oferecida pelo sub-procurador-geral da República, Eugênio Aragão. A ação proposta agora diz respeito à esfera cível, onde não cabe o foro privilegiado. A Procuradoria diz ter constatado que ao menos uma das negociações identificadas como suspeitas foi paga com dinheiro público. O suposto acerto envolveu, segundo a denúncia, o julgamento de recursos no TRE sobre a cassação do prefeito eleito de Alto Paraguai, Adair Moreira (PMDB). O grupo ligado à segunda colocada, Diane Alves (PR), aparece em diálogos gravados pela Polícia Federal tentando ratificar a cassação e se beneficiar do processo. Ela chegou a assumir o cargo. A ação pede, ainda, o bloqueio de bens de Stábile e Jacob, que estão afastados do TRE desde junho do ano passado por determinação judicial.
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