sábado, 10 de setembro de 2011
Em defesa, Delúbio Soares é apresentado como um “sonhador”, comparável a Jesus Cristo
Nas alegações finais encaminhadas ao Supremo Tribunal Federal referentes ao processo do Mensalão do PT, o ex-tesoureiro do partido, Delúbio Solares, admite o crime de caixa dois e compara as injustiças que teria sofrido durante a CPI dos Correios à condenação de Jesus Cristo. Apontado como um dos principais operadores do Mensalão, ele nega que tenha feito pagamentos mensais a parlamentares da base aliada, como aponta a denúncia do Ministério Público Federal. Delúbio Soaresdiz que tomou empréstimos nos bancos Rural e BMG com a ajuda do publicitário Marcos Valério para cobrir despesas das campanhas eleitorais de 2002, confessando que fez caixa dois. “A instrução também demonstrou que a razão de os pagamentos terem sido feitos em espécie foi exclusivamente o fato de que tais valores não foram registrados na contabilidade do partido”, afirma. O reconhecimento do crime, perante a Corte Suprema, pode beneficiar o ex-tesoureiro petista. O crime eleitoral de caixa dois já está prescrito e não implicaria em nenhuma sanção ao réu. Ao longo da defesa, Delúbio Soares é apresentado como um sonhador, que mesmo com décadas na militância política, permanece pobre.
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