sexta-feira, 5 de agosto de 2011
Inflação oficial continua crescendo, fica em 0,16% em julho, aponta IBGE
O IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) registrou inflação de 0,16% em julho, ante 0,15% de junho, e 0,01% em julho de 2010. O índice acumulado em 2011 chegou a 4,04% e, nos 12 meses, a 6,87% com o indicador divulgado nesta sexta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O índice de inflação acumulado em 12 meses (6,87%), foi o maior desde junho de 2005, quando o índice chegou a 7,27%. O preço da gasolina, graças à pressão do etanol, tem sido o maior fator para este resultado. A alta acumulada da gasolina, um dos preços com maior influência no IPCA, neste ano, é de 6,30%; em 2010, a alta acumulada por todo o ano foi de 1,67%. Depois do recuo de 4,25% em junho, os combustíveis tiveram alta de 0,47% em julho. O etanol, que chegou a cair 8,84% em junho teve alta de 4,01% no mês anterior. O litro da gasolina, depois da queda de 3,94% em junho, voltou a subir em julho, variando 0,15%. Nos alimentos, a queda de 0,26% no IPCA de junho passou para 0,34% no mês passado. Entre os produtos que ficaram mais baratos, o que mais pressionou o indicador foi o tomate, com baixa de 15,32%, seguidos das carnes (-1,12%). Com o resultado, o grupo de alimentação e bebidas acumula uma alta de 2,77% no ano. Os produtos não alimentícios tiveram alta de 0,31% em julho, pouco acima dos 0,28% no mês anterior. O pagamento dos salários dos empregados domésticos influenciou o resultado do indicador julho. O item teve alta de 1,26% no mês passado, ante 0,33% registrados em junho. Apesar disso, o grupo de gastos com despesas pessoais perdeu intensidade, com elevação de 0,49% em julho, ante 0,67% em junho. As quedas de preços com serviços de cabeleireiro (de 1,09% em junho, passou para queda 1,10% em julho) e de serviços bancários, que aumentaram apenas 0, 03%, depois de 4,40% de elevação em junho, contribuíram para o resultado. As despesas com habitação tiveram uma alta de 0,27% em julho, inferior à de 0,58% do mês anterior. Neste grupo de preços, as principais altas foram dos artigos de limpeza, que aumentaram 1,08% no mês passado, ante 0,63% em julho, e da taxa de água e esgoto, com alta de 0,33% ante elevação de 0,08% em junho. A desaceleração dos reajustes dos aluguéis residenciais, que tiveram alta de 0,46% no mês passado ante 0,84% no mês anteior, dos condomínios (queda de 0,19% contra alta de 0,92% em junho) e mão de obra para reparos (alta de apenas 0,36% contra 0,66% em junho) influenciaram na redução de intensidade da alta, assim como a elevação de apenas 0,21% da energia elétrica, que, em junho, teve alta de 0,45%. Pelo IPCA, que mede a inflação com famílias entre 1 e 40 salários mínimos, e é usado para o cálculo das metas de inflação do Banco Central, Brasília foi a capital com a maior alta de preços em julho, de acordo com o IBGE. O Distrito Federal teve alta de 0,60% em julho. O menor índice, entre as capitais pesquisadas pelo instituto, foi em Recife, com deflação de 0,15%.
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