quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Droga artificial simula efeito de maconha e é vendida disfarçada
A maconha artificial mais popular nos Estados Unidos, vendida como incenso, a K2 é alvo de resenhas em sites especializados, que também publicam vídeos ensinando a usá-la. O fabricante, no entanto, já enfrenta problemas típicos do sucesso de qualquer produto: as falsificações. Os inventores da K2 até criaram um "selo de originalidade" para os pontos de venda, conforme seu próprio site indica, mas ainda há muitas cópias "piratas" por aí. "Os usuários muitas vezes não fazem idéia do que estão usando. Eles se baseiam nos efeitos que os traficantes dizem que aquela droga vai ter", diz Rafael Lanaro, do Centro de Controle de Intoxicações do Hospital de Clínicas da Unicamp. "O assunto está ganhando cada vez mais espaço nos congressos de toxicologia, mas ainda há pouca literatura sobre os efeitos, sobretudo os de longo prazo, dessas drogas", conclui. O uso das drogas artificiais vem crescendo. Um estudo britânico divulgado na semana passada diz que a mefedrona (usada para fazer similares de cocaína e ecstasy) já é tão popular quanto a cocaína no Reino Unido. Mesmo assim, a maioria dos países ainda engatinha em seu controle. Nos Estados Unidos, a maior frente de batalha é contra os canabinóides sintéticos. Trinta e oito dos 50 estados americanos baniram ou aguardam legislação para banir a venda dessas substâncias em seu território.
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