quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Concurso para defensor público no Amazonas é anulado por suspeita de fraude
Um concurso para defensor público do Amazonas foi anulado nesta terça-feira pelo governo estadual após a promotoria apontar suspeitas de fraude. Segundo o Ministério Público do Estado, passaram na seleção, com notas idênticas (80 pontos), filhos de defensores públicos e de secretários municipais, além do irmão do superintendente regional do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes). A Polícia Civil amazonense apreendeu nesta terça-feira malotes de provas violados, computadores e documentos na empresa Instituto Cidades, que realizou o concurso. Também foram realizadas buscas na casa de Tibiriça Valério de Holanda Filho, que é filho do defensor público geral, Tibiriça Holanda. Ao menos 5.000 candidatos realizaram a prova para as 60 vagas abertas de defensor público. Cada inscrição custou R$ 200,00. Com matriz em Fortaleza, o Instituto Cidades ganhou R$ 1 milhão com as inscrições do concurso, segundo o Cao-Crime (Centro de Apoio Operacional de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público do Amazonas. A empresa organiza no momento concurso público da prefeitura de Manaus. Segundo o Cao-Crime, além de Tibiriça Valério de Holanda Filho, são investigados por suspeitas de fraudes nas provas Newton Sampaio de Mello (irmão do subdefensor público geral, Wilson Mello), Luiz Domingos Zahluth Lins (irmão de Afonso Lins, superintendente do Dnit do Amazonas) e Américo Gorayeb Neto (filho do secretário municipal de Obras, Américo Gorayeb). O promotor Alberto Nascimento Júnior disse que a suspeita é de que a empresa tenha dado acesso prévio às provas a um seleto grupo de pessoas: "Os indícios são fortes de que a empresa favoreceu pessoas que passaram no concurso".
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