As obras que faltavam para a despoluição da baía de Guanabara serão concluídas antes da Olimpíada de 2016, quando já começarão a ser sentidos os seus efeitos. A previsão é do coordenador executivo do programa de saneamento da baía, da Secretaria Estadual do Ambiente, Gelson Serva. O Programa de Saneamento Ambiental dos Municípios do Entorno da Baía de Guanabara (Psam) substituiu o antigo Programa de Despoluição da Baía de Guanabara (PDBG), criado em 1992, e que se estendeu até 2006. Durante esse período, foram investidos no programa cerca de US$ 760,4 milhões, englobando US$ 349,3 milhões do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), US$ 162,8 milhões do Banco de Cooperação Internacional do Japão (Jbic) e US$ 248,3 milhões de contrapartida do governo fluminense. A partir de 2006, têm sido aplicados no Psam, com recursos do Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano (Fecam), R$ 100 milhões, em média, por ano, na despoluição da baía de Guanabara, segundo Serva. "Vamos fazer as obras de direcionamento do esgoto, que hoje vai in natura para a baía, para as estações de tratamento de esgotos que foram construídas pelo Programa de Despoluição da Baía de Guanabara e algumas precisam ser ampliadas. Faltaram alguns troncos (coletores) para fazer as ligações também com as redes dos municípios. Isso nós vamos concluir antes das Olimpíadas. O efeito já vai começar, mas não é completo ainda", disse. Segundo Serva, o programa atual conta com US$ 640 milhões, sendo US$ 450 milhões do BID e US$ 190 milhões de contrapartida do governo do Estado. Os recursos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) para os projetos na capital fluminense, avaliados em R$ 450 milhões, deverão ser obtidos por meio de financiamento da Caixa Econômica Federal. De acordo com o coordenador executivo do Psam, o grande problema na baía de Guanabara é o esgotamento, principalmente o domiciliar, uma vez que as indústrias apresentam hoje um bom nível de nível de controle em relação aos efluentes. "Tem é que investir para que a gente não esmoreça". No caso do esgoto domiciliar, Serva salientou que três projetos estão no pacote de obras a serem realizadas pelo governo estadual com recursos do PAC: a ampliação da estação de tratamento Alegria e a construção de dois troncos coletores (Manguinhos e Faria-Timbó). Dentro do pacote de financiamento do BID está o projeto de construção do tronco de esgotamento Cidade Nova, que fará ligação também com Alegria, além da troca de boa parte da rede coletora de esgoto da zona norte carioca. Na Baixada Fluminense, serão feitas algumas ligações na estação Sarapuí e complementadas as obras de implantação do sistema Pavuna. "Na Baixada, nós vamos investir o maior recurso do Psam". Os dois projetos envolverão recursos no total de R$ 219 milhões. Serva afirmou que em São Gonçalo (região metropolitana do Rio de Janeiro está sendo desenhado um projeto para obtenção de recursos do PAC 2, visando à ampliação da estação de tratamento local. A previsão é que os projetos do centro do Rio e de São Gonçalo sejam concluídos até o final de 2014 e os da Baixada Fluminense, até o início de 2016. Naturalmente, isso tudo é uma quimera, conversa da carochinha para enganar trouxa. Veja a imagem abaixo. Ali, localizado a poucos metros da margem da Baía da Guanabara, está o Aterro Sanitário de Gramacho, com centenas de milhões de toneladas de lixo de toda espécie enterrado sem qualquer controle, poluindo totalmente o subsolo, o lençol freático e as águas da baía.
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