terça-feira, 26 de julho de 2011
Brasil é maior destino dos investimentos de Portugal fora da Europa
O novo ministro de Negócios Estrangeiros de Portugal, Paulo Portas, disse nesta terça-feira que o Brasil é prioritário no processo de privatizações em diferentes setores no País, que podem resultar em torno de 6,5 bilhões de euros (R$ 14,4 bilhões) em dois anos e meio. Segundo Portas, o novo governo português, resultado das eleições antecipadas de 5 de junho, tem "apoio político e firme determinação" para seguir à risca os compromissos de austeridade, de cortes e de privatizações assumidos com a "troika" (União Européia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional). Entre as empresas listadas para oferta ao setor privado estão a TAP, a EDP (de energia), e a Galp, de petróleo. Outros setores são o de seguros e o dos estaleiros. O ministro disse que o Brasil é o maior destino dos investimentos de Portugal fora da Europa e que já há negócios e contatos entre companhias portuguesas e brasileiras em praticamente todos esses setores. Citou como exemplo as parcerias da Galp com a Petrobras. As privatizações fazem parte das contrapartidas de Portugal à ajuda financeira de 78 bilhões de euros (R$ 173,5 bilhões) que a "troika" concedeu ao país no primeiro semestre deste ano para tirar o país de profunda crise. O objetivo é sair de um deficit de 9,1% das contas públicas para 5,9% em 2011, 4,5% em 2012 e 3% em 2013. Para isso, os cortes não perdoam nem as áreas de saúde e educação e atingem uma medida politicamente delicada: corte de salário de funcionários públicos ativos e inativos. Além do corte já anunciado de 10% nos salários, está prevista também uma tesourada no bônus de Natal, que corresponde ao 13º salário no Brasil. Apesar disso, Portas destacou que 85% do Congresso apoia o acordo com a "troika" e não há manifestações de rua em Portugal, ao contrário do que ocorre na Grécia, por exemplo.
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