quinta-feira, 28 de julho de 2011
Banco Central vê cenário favorável a inflação
O Banco Central avalia que o cenário para a inflação melhorou, apesar das incertezas "elevadas e crescentes" em relação à economia internacional e doméstica. A afirmação faz parte da ata do Copom (Comitê de Política Monetária), divulgada nesta quinta-feira, na qual o Banco Central explica porque elevou a taxa básica de juros de 12,25% para 12,50% ao ano. "Embora incertezas elevadas e crescentes que cercam o cenário global e, em escala marcadamente menor, o cenário doméstico, não permitam identificar com clareza o grau de perenidade de pressões inflacionárias recentes, o Comitê avalia que o cenário prospectivo para a inflação mostra sinais mais favoráveis", diz a ata. O Copom diz reconhecer um ambiente econômico em que prevalece nível de incerteza crescente e acima do usual. Também identifica riscos à concretização de um cenário em que a inflação convirja "tempestivamente" para o valor central da meta, que é de 4,5%. Desde a reunião do Copom de junho, segundo a instituição, houve "moderação adicional" no processo de recuperação em que se encontram as economias dos Estados Unidos, Europa e Japão. No Brasil, as ações de restrição ao crédito e o aumento dos juros, avalia o Banco Central, ainda terão seus efeitos incorporados "à dinâmica dos preços, processo que tende a se acentuar neste semestre". A projeção de reajuste no preço da gasolina do Banco Central para 2011 permaneceu em 4%. A estimativa para o aumento no gás de botijão foi mantida em zero. Para as tarifas de telefonia fixa, caiu de 2,9% para 0,9%, enquanto a de eletricidade elevou-se de 2,8% para 4,1%. A projeção de reajuste do conjunto de preços administrados por contrato e monitorados elevou-se de 4,6% para 4,9%. Esses preços respondem por quase 30% do índice de inflação. Para 2012, passou de 4,3% para 4,4%.
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