domingo, 19 de junho de 2011
Promotoria vai a Justiça para que Ribeirão Preto monitore lixões
O Ministério Público Estadual paulista recorreu à Justiça para obrigar a prefeitura de Ribeirão Preto a cumprir os compromissos de um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) proposto no último dia 23 para a remediação e monitoramento dos quatro lixões desativados da cidade. Na ação civil pública ajuizada na sexta-feira, a promotoria fixa um prazo de 30 a 120 dias para revisão e adequação dos poços de monitoramento, instalação de novos pontos, impermeabilização das áreas e análises do solo e água subterrânea. Segundo o promotor Marcelo Pedroso Goulart e os técnicos da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), indícios de contaminação no aquífero Guarani evidenciaram a necessidade de um monitoramento mais completo nas áreas. O aquífero é a única fonte de abastecimento público de Ribeirão. A água é extraída de poços na cidade. Um estudo feito há 14 anos identificou contaminação por ferro e manganês na água subterrânea da região do entorno de um dos poços de monitoramento existentes em Ribeirão. O ferro e o manganês em quantidades acima do limite no organismo geram quadro de intoxicação e causam dores musculares e nas articulações, além de dores de cabeça e distúrbios comportamentais, segundo o médico toxicologista Igor Vassilieff, titular de farmacologia da Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Botucatu. Os lixões foram desativados há 20 anos. Durante o período em que se mantiveram ativos, as áreas receberam diversos tipos de lixo, desde doméstico até industrial, hospitalar e animais mortos. A contaminação do solo e água subterrânea foi gerada pelo chorume produzido a partir da decomposição dos resíduos. Os lixões desativados de Ribeirão Preto estão localizados nos bairros Jardim Juliana, Parque dos Servidores, Jardim das Palmeiras e às margens da rodovia Abrão Assed.
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