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Ronaldo, o Fenômeno |
O fim de mais uma era do futebol brasileiro terminou às 22h43min desta terça-feira, dia 7 de junho de 2011, no Estádio do Pacaembu, em São Paulo, quando Ronaldo Nazário encerrou a sua trajetória na Seleção Brasileira. Nesa hora, e nesse minuto, o árbitro argentino Sergio Pezzotta, da Argentina, apitou o fim do primeiro tempo, e ali se encerravam os últimos 15 minutos de futebol de Ronaldo, durante os quais seus colegas de Seleção lhe serviram três grandes oportunidades para marcar um gol de despedida. Mas, a bola, a grande amiga dele por toda a vida, e que lhe foi presenteada ao fim desse primeiro tempo pelo juiz, não foi sua amiga. A bola só é amiga daqueles que estão preparados para ela. Ronaldo já é uma lenda do futebol brasileiro. Eu me lembrei das centenas de vezes que vi jogos na tribuna de imprensa daquele estádio do Pacaembu, do Morumbi, do Mineirão, do Maracanã, ou na arquibancada do estádio Olímpico. Vi grandes jogadores. Vi Pelé dezenas de vezes, entrevistei-o dentro do vestiário da Vila Belmiro. Vi Garrincha. Vi Gerson, o Canhotinha de Ouro, distribuindo suas bolas de dezenas de metros em passes milimétricos. Vi Edson e Pedro Rocha. Vi Ademir da Guia, o gênio das passadas longas, o falso lento. Vi Toninho Guerreiro, vi Leivinha, Leão, vi Tostão. Tanta gente de grande qualidade, tanto craque. E vi Ronaldinho. Será que ainda haverá futebol depois dele, da maneira como todos esses grandes craques jogaram? Tenho grandes dúvidas a esse respeito. Como tudo na vida, Ronaldinho saiu do gramado do Estádio Pacaembu e deixa saudades. A cena dele, rodeado por seus dois filhos, inspira agora outra esperança, aquela representada pelas crianças do Brasil. Entre elas, com certeza, deve estar se gerando um novo Pelé, um novo Ronaldinho.
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