domingo, 19 de junho de 2011
Fernando Henrique Cardoso diz que Lula deve ter "algum problema psicológico"
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que completou 80 anos neste sábado, afirmou em entrevista ao jornal "Correio Braziliense" que não sente mágoa do também ex-presidente Lula (PT) e que se dá bem com o petista quando se encontram. Mas, segundo ele, a relação entre os dois não é mais civilizada porque Lula "tem dificuldade em fazer gestos" com ele. Lula não se manifestou a respeito do aniversário de 80 anos de Fernando Henrique Cardoso, que ganhou um site especial para a ocasião e recebeu, inclusive, uma carta elogiosa da presidente Dilma Rousseff. Fernando Henrique Cardoso afirmou que não acha estranho a falta de comunicação com o rival político: "Ele nunca me ligou por aniversário algum. O Lula e eu, quando estamos juntos, nos damos bem. Agora, ele deve ter algum problema psicológico, tem dificuldade em fazer gestos comigo". Ele garantiu não estar magoado, mas lamentou a situação: "Não é que me doa. Mas, do ponto de vista do Brasil, ex-presidente é bom que tenha uma relação civilizada. Infelizmente, não pude ter uma relação mais civilizada com o Lula". Para Fernando Henrique Cardoso, porém, a manifestação de Dilma sobre seus 80 anos não é uma demonstração de que ela deseja brigar com seu antecessor e aliado: "Acho que ela entendeu que era melhor a distensão do que um clima crispado. Mas acho que pára aí. Não acho que ela queira brigar com Lula". Na entrevista, o ex-presidente também afirmou que a guerra entre o PSDB e o PT, partido que ele denominou de "rei da infâmia", é falsa e baseia-se essencialmente na disputa pelo poder. Para ele, vários dos projetos de governo das duas legendas são parecidos, tanto do ponto de vista empresarial quanto o social. "O que discrepa entre os dois partidos? O PT mantém uma certa visão de partido, Estado e sociedade que é diferente do PSDB. O PT ainda acredita que o melhor para o País é que um partido, eles, ocupe o Estado, e que o Estado mude a sociedade. O PSDB não vai nessa direção. É mais republicano, no sentido de separar mais", disse Fernando Henrique Cardoso.
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