terça-feira, 21 de junho de 2011
Embraer pode vender até 40 aviões Super Tucano
A Embraer Defesa e Segurança, unidade da fabricante brasileira de jatos, estima potencial de vendas de até 40 aviões turboélice de ataque leve e treinamento Super Tucano nos próximos seis a oito meses. O Super Tucano tem valor de US$ 9 milhões a US$ 14 milhões, dependendo de sua configuração. Assim, os acordos poderiam representar vendas de entre US$ 360 milhões e US$ 560 milhões para a Embraer. Há cerca de 20 unidades em licitações em curso em países na América Latina, África e Ásia, disse o vice-presidente comercial da Embraer Defesa e Segurança, Orlando José Ferreira Neto, nesta terça-feira durante a Paris Air Show. Outras 20 unidades do Super Tucano estão sendo oferecidas aos Estados Unidos, em um negócio que, se sair, marcaria a entrada da Embraer no país com maior orçamento militar do mundo. Ferreira Neto espera que os Estados Unidos tomem uma decisão em julho e agosto, com as primeiras entregas em 2013. Os aviões Super Tucano para os Estados Unidos seriam produzidos em Jacksonville, na Flórida. A principal parceira norte-americana da Embraer na empreitada é a Sierra Nevada Corp (SNC). O Super Tucano tem 153 unidades entregues a diversas forças aéreas. Com o Super Tucano e o desenvolvimento de um novo cargueiro, o KC-390, a fabricante busca ampliar sua relevância no mercado de defesa global. O executivo da Embraer disse ainda que nas próximas semanas a empresa fechará contratos com importantes fornecedores para o KC-390, entre eles o de motores e de controles de vôo, encerrando a definição da cadeia de suprimento para o avião. A expectativa é de entrada do cargueiro em operação no final de 2015. A Embraer já tem assinadas cartas de intenções para a venda de 60 unidades do KC-390, sendo 28 delas para a Força Aérea Brasileira, que substituirá sua frota de aviões C-130 Hercules, da norte-americana Lockheed. Ferreira Neto disse também que a Embraer poderá avaliar no futuro a adaptação do KC-390 para que seja usado para outros fins além do transporte militar. Isso incluiria, por exemplo, uma versão civil para companhias aéreas de carga.
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