terça-feira, 21 de junho de 2011
Egito pode excluir mulheres que ajudaram a derrubar Mubarak
As mulheres egípcias tiveram papéis de liderança nos protestos que resultaram na queda do ex-ditador Hosni Mubarak, mas agora temem ser excluídas da nova estrutura de poder que se forma no Egito. Não está claro se haverá uma cota de mulheres no novo Parlamento como havia no antigo. Militantes mulheres dizem que os militares que governam o país atualmente não estão considerando a questão da participação feminina enquanto concebem a nova ordem política. Há hoje menos mulheres no gabinete do que durante o governo Mubarak. Um tópico vem provocando fúria entre as mulheres: o tratamento dado a manifestantes presas durante um dos protesto na Praça Tahrir, em março. De um total de 18 mulheres presas, 17 dizem ter sido maltratadas e submetidas a testes de virginidade. Outras militantes temem algo ainda pior: o poder cada vez maior de militantes islâmicos, que gostariam de ver as mulheres retornarem aos antigos papéis de subserviência. A especialista em estudos de gênero Shaza Abdul-Latif disse que isso seria um "pesadelo". Aí está: todos aqueles que achavam que a derrubada de uma ditadura iria levar o Egito até a democracia enganam-se redondamente. O Egito caminha para uma teocracia, um regime facista islâmico.
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