terça-feira, 7 de junho de 2011
Dilma diz que não vai negociar desmatamento no Código Florestal
A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira que não pretende dar permissão para ações de desmatamentos no Código Florestal que tramita no Senado. Em evento no Palácio do Planalto, Dilma disse que não permitirá "uma volta atrás". "Nós não negociamos nem tergiversamos sobre a questão do desmatamento. Nós não permitiremos que haja uma volta atrás na roda da história", disse ela durante o lançamento da Comissão e do Comitê Nacional de Organização da conferência Rio+20. A platéia, composta em sua maioria por estrangeiros, aplaudiu Dilma de pé após o seu recado aos ruralistas. Em almoço com senadores do PMDB, na semana passada, ela já havia sinalizado que poderá vetar o artigo que concede anistia a desmatadores, aprovado pela Câmara. No encontro, ela pediu o apoio dos senadores para a discussão de um texto que una ambientalistas e ruralistas. O governo quer alterar no Senado 11 pontos da reforma do Código Florestal, aprovada no mês passado pela Câmara. Fazem parte da lista a anistia irrestrita aos desmatadores, o ressarcimento dos serviços agrícolas, a participação dos Estados na regularização ambiental. O Palácio do Planalto também quer ampliar os benefícios para a agricultura familiar. Karl Marx tinha razão. Na história, um fato acontece primeiro como tragédia, depois como farsa. Dilma e o PT não aprenderam nada. Na Argentina, a peronista populista Cristina Kirchner colocou-se contra o setor primário da economia e foi fragorosamente derrotada. Agora, Dilma se põe contra o grande motor da economia, que é o setor primário, com seu discurso ideológico ambientalista ditado pelas ongs internacionais patrocinadas por grandes corporações financeiras, e fecha os olhos. O resultado é previsível.
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