sábado, 28 de maio de 2011
Presidente da Vale defende investir em Belo Monte e siderurgia
O novo presidente da Vale, Murilo Ferreira, disse na sexta-feira que o seu principal diferencial à frente da mineradora será implementar uma gestão "mais descentralizada". As diretrizes principais, porém, serão mantidas. O executivo afirmou que, apesar dos menores desembolsos no começo deste ano, os planos de investimento estão mantidos. Ressaltou ainda o fato de praticamente não ter sido alterada a composição da diretoria-executiva. Apenas a executiva Carla Grasso foi trocada por Vânia Somavila, há dez anos na Vale. "Vamos recuperar e acelerar investimentos. Não penso paralisar ou postergar nenhum projeto no curto prazo", disse ele. Ferreira, que assumiu há uma semana, está em uma ofensiva para melhorar a imagem da companhia. Dentro dessa estratégia, ele se reuniu em café da manhã com analistas na manhã de sexta-feira. O executivo foi muito indagado sobre a maior ingerência política na mineradora e os planos de investimento. Ferreira negou que o governo interfira na empresa, mas afirmou que gosta de manter "um diálogo aberto e franco a fim de resolver todos os itens". O executivo defendeu a ampliação dos investimentos em siderurgia (ponto de discórdia entre o governo e o ex-presidente da Vale Roger Agnelli) e na usina de Belo Monte. Após negociação com o governo, a Vale entrou no consórcio da usina e assumiu uma participação de 10% no projeto. Para Ferreira, o investimento em energia é vital para a Vale, especialmente para fazer frente aos grandes projetos da mineradora na região Norte, como a expansão da produção de Carajás e novas minas de cobre.
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