segunda-feira, 9 de maio de 2011
Nova vacina contra malária será testada em humanos em 2012
O cientista colombiano Manuel Elkin Patarroyo afirmou nesta segunda-feira que sua nova vacina contra a malária "Colfavac" (Colombian falciparum vaccine) será testada em seres humanos em junho de 2012, depois de obter 90% de eficiência em macacos. Patarroyo revelou que 25 milionários criaram um consórcio para construir a unidade de produção da vacina após o fracasso das negociações com a indústria farmacêutica. O cientista colombiano reconheceu que sua vacina anterior, criada em 1986, "SPf66", estava "incompleta", com uma proteção para os seres humanos entre 30% e 50%, mas, graças à descoberta, em 2002, do genoma do parasita da malária, e da ajuda de seu colaborador, Mauricio Calvo, conseguiu melhorá-la e divulgá-la em 25 de março na revista "Chemical Reviews". A descoberta da nova vacina sintética aconteceu após ser averiguada a estrutura química do micróbio, com a sintetização de milhares de moléculas em fragmentos de 20 aminoácidos. Nesta ocasião, ao contrário de 1986, os experimentos selecionaram apenas os fragmentos que invadiam os glóbulos vermelhos. Patarroyo explicou que alguns dos aminoácidos foram modificados e aqueles que possuíam o mesmo volume, massa e superfície, mas polaridade invertida, foram selecionados. O cientista indicou que há uma semana se reuniu com o diretor de engenharia genética de Havana, Manuel Limonta, e foi convidado para trabalhar em uma vacina contra a dengue, enquanto no Brasil recebeu a proposta de outra contra amigdalite, da qual já há um protótipo que será testado em humanos. Patarroyo encontrou princípios químicos para criar vacinas sintéticas que poderão ser utilizadas em pesquisas contra doenças infecciosas. Segundo ele, desde que Luis Pasteur inventou a primeira vacina, em 1884, passaram-se 123 anos nos quais só foi possível lançar 15 vacinas das 517 doenças infecciosas existentes. A "Colfavac" foi financiada inicialmente pelo governo colombiano, mas foi a Fundação para a Pesquisa Solidária da região espanhola de Navarra, ao lado da Agência Espanhola de Cooperação Internacional e da Universidade de Rosário, que apostaram na iniciativa.
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