domingo, 8 de maio de 2011
Fanáticos islâmicos matam 12 cristãos no Egito e ferem centenas no ataque a uma igreja
Pelo menos 232 pessoas se feriram e outras 12 morreram em um dos piores confrontos religiosos no Egito desde março, quando 13 fiéis cristãos morreram no incêndio de uma igreja, o que levou o governo local a prometer medidas duras para enfrentar a onda de violência. O incidente ocorreu em Imbala, no subúrbio da capital Cairo no final deste sábado. A violência foi detonada por fanáticos islâmicos sob inspiração da Irmandade Muçulmana. "Aglomerações em lugares de adoração devem ser banidos para proteger os lugares sagrados, reforçar a segurança dos moradores e prevenir novos conflitos", disse o ministro da Justiça Abdel al Gindi, em uma comunicação lida na televisão estatal. Ele prometeu usar "mão de ferro contra todos aqueles que forem contra a segurança nacional" e que "o governo aplicará de maneira imediata e firme as leis que castigam os ataques contra locais de culto e contra a liberdade de crença". O Exército egípcio informou que 190 pessoas detidas serão apresentadas perante tribunais militares. Muçulmanos e cristãos socorridos em hospitais mostraram a repórteres sinais aparentes de ferimentos a bala, e fontes médicas confirmaram pelo menos 65 feridos por tiros. O incidente aconteceu quando grupos de muçulmanos atacaram a igreja cristã de Mar Mina sob a acusação falsa de que os cristãos mantinham presa ali uma mulher que tinha se convertido ao Islã para se casar com um jovem desse credo. Os muçulmanos agressores pertencem à corrente dos salafis, uma das mais rigorosas do Islã e que a cada dia está ganhando mais terreno no Egito. Os cristãos egípcios, majoritariamente coptas, representam 10% da população do país, calculada em cerca de 75 milhões de habitantes.
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