sexta-feira, 6 de maio de 2011

Argentina pede prisão perpétua de ex-oficial por papel na ditadura

O governo argentino pediu nesta sexta-feira a prisão perpétua para Alfredo Astiz, ex-oficial da Marinha, por seu papel na morte de duas freiras francesas, Alice Domon e Léonie Duquet, desaparecidas durante a ditadura (1976-1983). Conhecido como "Anjo Louro da Morte" e acusado de ter cometido sequestros, torturas e assassinato de civis, entre eles os das duas freiras, Astiz já havia sido condenado, em 2010, à mesma pena pela Justiça francesa. "Peço a condenação de Alfredo Astiz à prisão perpétua", declarou o advogado da secretaria dos Direitos Humanos, Martin Rico, que o considera responsável por crimes de tortura e homicídios agravados cometidos na Escola de Mecânida da Armada (Esma). As religiosas francesas foram sequestradas nos dias 8 e 10 de dezembro de 1977, ao lado de dez militantes de defesa dos direitos humanos, entre eles a fundadora do movimento Mães da Praça de Maio, Azucena Villaflor. Com a condenação, o ex-oficial, de 59 anos, poderá permanecer na prisão além do limite de 25 anos previsto pela lei, sem possibilidade de recurso.

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