segunda-feira, 30 de maio de 2011
Alemanha corre o risco de desabastecimento de energia
O anúncio da Alemanha de abandonar o uso da energia nuclear até 2022 é uma decisão histórica do governo da chanceler Angela Merkel. Cerca de um ano atrás ela havia decidido o contrário: estender a sobrevida das usinas nucleares mais antigas do país. O fator central para a nova decisão, que está sendo chamada na Alemanha de uma Virada Energética, foi o acidente nuclear do Japão, provocado pelo terremoto e tsunami de março. Há muitas dúvidas sobre o impacto que essa decisão vai ter sobre a quarta economia mundial. Uma delas é se em dez anos será possível dar o impulso necessário aos recursos renováveis para sustentar a indústria. Fala-se de risco de aumento das tarifas, de desabastecimento no inverno, de indenizações bilionárias por parte das empresas de energia. Há também a questão ambiental: a Alemanha vai trocar parte de sua capacidade nuclear por carvão, que é uma fonte de energia considerada "suja". Desde a Segunda Guerra Mundial os alemães dominam a tecnologia para extração de gás, óleo diesel, gasolina e mais de 20 outras substâncias do carvão, com grau de pureza superior ao obtido pelo craqueamento do petróleo.
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