quarta-feira, 6 de abril de 2011
Tarso Genro defende uso da maconha, "saborosa", em aula magna para aluno na UFRGS
O governador do Rio Grande do Sul, o peremptório Tarso Genro, surpreendeu a platéia e deixou perplexos assessores no final da manhã desta quarta-feira em Porto Alegre. Ele fez algumas considerações sobre drogas durante uma aula magna que proferiu no Salão de Atos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). O tema da palestra era "Universidade e o futuro da República". Diante do auditório lotado, o ex-ministro da Justiça, ao responder a uma questão genérica sobre o assunto, defendeu que seja feita uma distinção nas questões referentes às drogas, de forma que se discuta cientificamente o que compromete a saúde e a sanidade mental: "Por exemplo, as pessoas terem tolerância com a cannabis sativa é diferente do que com a heroína. A maconha há especialistas que dizem que faz menos mal do que cigarro. Dizem. Eu nunca vi uma pessoa matar por ter fumado um cigarro de maconha". O "garoto de ouro" não sabe, mas a maconha mata, mata o próprio usuário, muitos viram esquizofrênicos a partir do consumo da maconha. Mas, o peremptório foi interrompido por risos e aplausos. Muito pedagógica a sua palestra. E um grande futuro se antevê para alunos tão estimulados pela maconha e estimulados ao uso por um governador de Estado. E ele foi ministro da Educação. O peremptório Tarso Genro havia começado sua resposta avaliando que a legalização das drogas não ajuda a combater o que considerou "um quadro de transformação da droga em dinheiro, dinheiro em droga, droga em poder, poder em política e assim por diante". E descreveu a situação como um elemento de crise civilizatória para o qual não sabe avaliar qual a melhor saída. Animado com a empolgação da platéia (ou seja, é cabal que gosta de jogar para a torcida), contudo, o governador aproveitou a oportunidade para falar sobre situações pessoais e lembrar momentos de sua trajetória: "Não tenho nenhum preconceito. Na minha época, a gente não fumava maconha, não era porque não tivesse vontade, era porque as condições que a gente vivia e trabalhava na clandestinidade (era a época anterior ao golpe militar e, depois, a da ditadura) não era preciso adicionar mais nenhuma questão de insegurança. Dizem que é muito saboroso". É uma poderosa mentira, porque nunca se fumou tanta maconha como no Congresso da UNE, em Ibiúna, em 1968, uma espécie de Woodstock nacional. Durante sua palestra, ele exercitou também o que é comum na sua personalidade arrogante, o pedantismo intelectual. Fez referências e citações a Karl Marx, Immanuel Kant e Martin Heidegger. Heidegger havia sido amante de Hanna Arendt, pensadora judia, autora do mais monumental estudo sobre o totalitarismo, que precisou fugir da Alemanha para não ser morta pelos nazistas. Tarso Genro, aliás, esconde de todos a sua condição de judeu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário