sexta-feira, 11 de março de 2011
Procuradores pedem para Caixa Econômica Federal não financiar obra da Copa no Amazonas
A Procuradoria da República e o Ministério Público Estadual pediram ao governo do Amazonas a anulação do processo de licitação do monotrilho de Manaus, construído para a Copa de 2014, por suspeitas de irregularidades no projeto básico. É a segunda recomendação do tipo feita sobre a obra, que está com o processo de licitação atrasado há 11 meses. Os dois órgãos recomendaram à Caixa Econômica Federal que não faça o financiamento de R$ 600 milhões ao governo do Amazonas. Deram ainda prazo de 20 dias para o governo e a Caixa Econômica Federal cumprirem a determinação, sob pena de ação judicial por ato de improbidade administrativa. O governo estadual, no entanto, ignorou os questionamentos e anunciuou na quinta-feira que, nesta segunda-feira, apresentará a proposta de preço do único consórcio que se candidatou à licitação. Participam quatro empresas, entre elas a CR Almeida e a Mendes Jr. A obra do estádio do Amazonas para a Copa também é questionada. O Tribunal de Contas da União apontou sobrepreço na construção da Arena Amazônia, que tem custo de R$ 500 milhões. O financiamento continua bloqueado no BNDES. Na recomendação do monotrilho, o Ministério Público Estadual e o Federal dizem que o valor da obra, estimada em R$ 1,3 bilhão, está subestimado, o que pode comprometer a conclusão da obra para os jogos da Copa. "O projeto mostra-se temerário, insustentável economicamente e incapaz de atender a solução de transporte necessária para Manaus", diz o documento assinado pelos procuradores Athayde Costa e Thales Cardoso e pelos os promotores Neyde Trindade e Edilson Queiroz Martins.
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