sábado, 26 de março de 2011
Polícia investiga denúncia de racismo em agência do Banco do Brasil
A Polícia Civil de São Paulo investiga uma denúncia de racismo em uma agência do Banco do Brasil. O rapper e poeta negro Luciano Dimis da Silva, conhecido como James Bantu, disse que foi humilhado e ameaçado de prisão em uma agência na região da República (centro de São Paulo), no dia 9 de fevereiro, ao tentar descontar um cheque. O rapper conta que foi impedido de entrar com uma mochila com um laptop, mesmo depois da bolsa ter sido revistada por uma vigia. Bantu questionou a proibição, dizendo que não havia armário disponível para guardar a mochila. A segurança, então, chamou um policial militar, a quem Bantu acusa de tê-lo humilhado. O PM teria mandado o cantor encostar contra a parede e dito que, se quisesse, poderia deixá-lo nu na agência. Segundo o rapper, o policial o teria mandado "calar a boca" e só falar depois dele, caso contrário seria preso. Ao ver o notebook, o PM teria pedido a nota fiscal do aparelho. Depois de nada ter sido encontrado na revista, o rapper disse que tentou ir embora. "Você só vai embora quando eu quiser", teria dito o PM. Bantu conta que sentou no chão e começou a chorar, pedindo ajuda. Uma cliente do banco teria pedido ao policial para liberá-lo. "Tinha medo de tentar sair e levar um tiro ou ser algemado", conta Bantu. Por fim, saiu do agência e entrou no prédio ao lado. Naquele dia, registrou queixa na Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância). No outro dia, Bantu voltou à agência para descontar o cheque, de R$ 504,00, dessa vez, acompanhado de cerca de 30 amigos. Segundo o advogado do rapper, Dojival Vieira, a gerente da agência prestou queixa contra Bantu, acusando-o de causar tumulto.
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