sexta-feira, 11 de março de 2011
ONG mantém Cuba em lista de países que bloqueiam a internet
A ONG Repórteres Sem Fronteiras anunciou que decidiu manter Cuba na lista de países que impedem a livre circulação na rede, enquanto a Venezuela entrou para a relação de países sob vigilância e o Egito e a Tunísia foram retirados do grupo de "Inimigos da Internet". Cuba mantém duas redes paralelas de internet: uma livre, acessível nos hotéis internacionais, e outra muito controlada, que se resume a uma enciclopédia, e-mails internos e sites de informação governamental. Fora dos hotéis, apenas alguns locais privilegiados têm acesso à rede internacional, objeto também da censura da ditadura comunista dos sanguinários irmãos Castro. A Repórteres Sem Fronteiras revelou que a ditadura cubana responsabiliza o embargo americano pela má qualidade das conexões, uma desculpa que não poderá ser utilizada por muito tempo porque a ilha estará unida ao continente por um cabo submarino que chegará até a Venezuela. Mas a organização não espera que essa melhora tecnológica venha seguida de uma democratização no uso da internet. A estratégia repressiva da ditadura comunista cubana se completa com uma feroz perseguição aos blogueiros críticos do regime. "Os internautas cubanos são condenados a até 20 anos de prisão se publicam um artigo julgado contra-revolucionário na internet, ressalta o documento. Segundo o relatório anual publicado nesta sexta-feira, junto a Cuba estão Arábia Saudita, Mianmar, China, Coréia do Norte, Irã, Síria, Turcomenistão, Uzbequistão e Vietnã. A organização revelou que 119 pessoas estão presas no mundo todo por terem quebrado as regras de seus regimes quanto ao uso da internet, a maior parte delas na China.
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