domingo, 13 de março de 2011
O excessivo gasto do PT com ministérios novos
O governo federal gasta, por ano, R$ 100 milhões com aluguéis, em Brasília, para abrigar a estrutura dos novos ministérios inventados por Lula. Ele recebeu 26 pastas de Fernando Henrique Cardoso e entregou 37 à sua sucessora, Dilma Rousseff. Ela não demonstra a mínima disposição de reverter o inchaço e pretende criar mais duas: a da Micro e Pequena Empresa e a da Infraestrutura Aeronáutica. O compromisso do petismo com a austeridade se revela em outros números: em oito anos, aumentou em 204 mil o número de empregados da União. Fernando Henrique Cardoso entregou a Lula uma folha de pagamentos de R$ 75 bilhões; em 2010, ela chegou a R$ 179,5 bilhões, um crescimento de 139,3%. A justificativa é mais do que conhecida: isso tudo aconteceu porque o governo teria passado a oferecer novos serviços. Os brasileiros já devem ter ouvido falar, por exemplo, do Ministério da Pesca e Aqüicultura, aquela pasta que foi dada como compensação a Ideli Salvatti, ex-senadora e candidata derrotada do PT ao governo de Santa Catarina. O brinquedinho custa uma fábula. Seu ministério aluga um prédio de 14 andares, com fachada espelhada, ao custo de R$ 7 milhões por ano, onde se aboletam 374 servidores. A ministra não fica ali. Ela e os 67 assessores que a ajudam a identificar a diferença entre uma tilápia e um pirarucu dão expediente na Esplanada. Em oito anos, os recursos destinados à pasta de Ideli saltaram de R$ 11 milhões para R$ 803 milhões, crescendo 70 vezes! E o que aconteceu com a produção de pescado no período? Era de 990 mil toneladas em 2002 e continuou em 990 mil toneladas em 2010. É o verdadeiro milagre da multiplicação do custo do peixe. Outro exemplo de expansão do latifúndio improdutivo é o Ministério do Desenvolvimento Agrário, aquele que cuida de um problema que não existe, mas que faz barulho e custa caro: os sem-terra. A Pasta tem o Bloco A na Esplanada, com nove andares, mais o prédio do Incra. É pouco. Por R$ 128 mil mensais, alugou cinco andares de um edifício no Setor Bancário Norte. Precisa ter onde enfiar 144 servidores que não encontram lugar na sede oficial. São muitos os exemplos da gastança. A Advocacia Geral da União, que tem sede própria, também precisou de outro edifício: R$ 1,3 milhão por mês. O Ministério das Cidades aluga um prédio inteiro por R$ 7,7 milhões anuais. E assim vai. O aluguel de edifícios e andares (R$ 100 milhões por ano) é decidido pelos respectivos ministérios, sem licitação ou coisa parecida.
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