O governo de Israel considera anexar a maior parte dos assentamentos judaicos na Cisjordânia se os palestinos buscarem, de forma unilateral, o reconhecimento mundial de seu Estado, revelou um funcionário israelense nesta terça-feira. A medida pode representar um grave golpe nas expectativas de negociação de paz entre os dois lados. Israel tem evitado tomar a medida, diplomaticamente explosiva, há quatro décadas. O fato de estar estudando a possibilidade reflete a seriedade da preocupação em relação à campanha palestina para conquistar o reconhecimento internacional de um Estado, na falta de um processo de paz. O ministro do Interior israelense disse que vai decidir, no próximo mês, se dará a aprovação final para a construção de 1.500 apartamentos em dois enclaves judaicos em Jerusalém Oriental. Israel tomou a parte leste da cidade sagrada e a Cisjordânia, em 1967, e anexou a área do município, que abriga templos sagrados para o judaísmo, o islamismo e o cristianismo. Israel tem cuidadosamente evitado anexar a Cisjordânia, onde 300 mil colonos judeus vivem entre 2,5 milhões de palestinos.
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