quarta-feira, 30 de março de 2011
Incra deve ter gestão nos moldes privados, diz novo presidente
O agrônomo Celso Lacerda tomou posse nesta terça-feira como presidente do Incra (Instituto Nacional da Colonização e Reforma Agrária) defendendo uma gestão do órgão "nos padrões da iniciativa privada". "Temos que qualificar a gestão do Incra no sentido de ter uma gestão nos padrões da iniciativa privada, ou seja, que a gente possa gastar cada vez menos e produzir cada vez mais", afirmou o petista, que foi superintendente do órgão no Paraná entre 2003 e 2008: "Vivemos uma era em que tudo é informatizado. Precisamos aprimorar os sistemas do Incra, para termos um controle mais eficiente, mais rápido, rigoroso dos recursos que a gente aplica". Lacerda também disse que os assentamentos devem ter mais suporte técnico e se tornarem produtores de alimentos livres de agrotóxicos: "Nós queremos mudar o modelo tecnológico dos assentamentos para que ele seja viável do ponto de vista econômico, social e ambiental", afirmou. Lacerda negou que haverá uma "revolução" na administração do Incra, mas disse que as superintendências estaduais terão de "entrar num planejamento muito rigoroso". Uma minuta de decreto deste ano prevê um maior controle do Incra nos Estados e a concentração de poder e dinheiro em Brasília, por meio da criação de uma "diretoria-geral" e uma "corregedoria-geral". "Precisamos desenvolver novas ferramentas de controle para que a gente possa monitorar e cobrar mais das superintendências", afirmou. Ele afirmou que o foco agora será a atuação nas áreas que concentram a pobreza extrema no país, para contribuir com o plano do governo federal de erradicar a miséria: "A reforma agrária é, eu acredito, a principal política para o combate da pobreza extrema no campo".
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