sexta-feira, 4 de março de 2011
Estados Unidos consideravam ex-chanceler uruguaio 'intratável', diz WikiLeaks
A diplomacia dos Estados Unidos considerava "intratável" o ex-ministro das Relações Exteriores do Uruguai, Reinaldo Gargano, que ocupou o cargo entre 2005 e 2008, no governo de Tabaré Vázquez. De acordo com documentos divulgados pelo site WikiLeaks, o governo dos Estados Unidos qualificou o ex-chanceler de "antiamericano". Segundo o jornal "El País", que teve acesso aos documentos, a Embaixada dos Estados Unidos em Montevidéu afirmava em seus comunicados que Gargano era "ideologicamente teimoso e um forte defensor de estreitar os laços com Cuba". A embaixada ainda classificava o ex-ministro como "um dos elementos mais radicais da coalizão" governista Frente Ampla, e se mostrou "entusiasmada de libertar-se do intratável Gargano (Tabaré Vázquez o substituiu em março de 2008), que consistentemente buscou minar as relações com os Estados Unidos". Um dos pontos que mais incomodava os Estados Unidos era o vínculo entre Gargano e Cuba. Os informes destacam, por exemplo, que o então chefe da diplomacia uruguaia "teve que admitir publicamente que Cuba não é uma democracia, depois de ter sido criticado por sugerir que o país deveria ser admitido no Mercosul, em maio de 2005". Na quinta-feira, o "El País" publicou que os Estados Unidos suspeitaram que o Uruguai, junto com Irã e Venezuela, participava de uma operação clandestina de armazenamento de armas, na qual estaria envolvido o então secretário da Presidência e atual vice-ministro do Interior, Jorge Vázquez, irmão do ex-presidente Tabaré Vázquez.
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