quinta-feira, 3 de março de 2011
Diretor do FMI pede ao Brasil que economia cresça mais devagar
No dia em que foi anunciado um crescimento do PIB de 7,5%, a presidente da República, Dilma Rousseff, e o diretor do FMI (Fundo Monetário Internacional), Dominique Strauss-Kahn, conversaram sobre os riscos do superaquecimento da economia e a necessidade de crescimento "lento e estável" dos países. "É chegado o momento de desacelerar a economia", afirmou Strauss-Kahn sobre o Brasil após o encontro. O diretor do FMI foi recebido no Palácio do Planalto. Além da presidente, participou da audiência o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Strauss Kahn afirmou que ele e a presidente concordam que "crescimento por si só não é o bastante". Ele elogiou os programas sociais do governo brasileiro e, principalmente, a recente decisão de corte de gastos. Segundo ele, os cortes são "muito bem-vindos". O executivo anunciou mudanças aprovadas no Fundo para um "rebalanceamento" de poder, o que abriria mais espaço para a participação do Brasil. Segundo ele, o País é um dos dez maiores acionistas do FMI. Em valores correntes, o PIB alcançou R$ 3,675 trilhões em 2010. Para o ministro Guido Mantega, o crescimento de 7,5% não sinaliza um superaquecimento da economia. Segundo ele, os dados mostram que já há um desaquecimento no último trimestre. Guido Mantega disse que, segundo dados preliminares, a economia brasileira ultrapassou a da França e do Reino Unido em paridade de poder de compra e é agora a sétima maior economia mundial. Dois anos atrás, o país estava atrás de Estados Unidos, China, Japão, Índia, Alemanha, Rússia, Reino Unido e França, nesta ordem, segundo rannking do Banco Mundial. As projeções preliminares citadas por Mantega ainda não foram confirmadas pelo Banco Mundial. Entre os países do G20, o índice de crescimento do PIB brasileiro foi o quinto maior, ficando atrás de China, Índia, Argentina e Turquia. "Isso mostra a capacidade produtiva da economia brasileira, o potencial que vem sendo realizado nesses últimos anos. Mostramos nossa capacidade de crescer cada vez mais", afirmou.
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