quarta-feira, 23 de março de 2011
CUT "pressiona" governo a apoiar o fim do imposto sindical
Menos de duas semanas depois de reunião com a presidente Dilma Rousseff, a pelêga e petista CUT voltou nesta quarta-feira ao Palácio do Planalto para pressionar o governo a enviar para o Congresso um projeto de lei que acabe com o imposto sindical. A medida não tem o apoio das outras centrais, que chegaram a manifestar sua divergência em relação à proposta da CUT à própria Dilma, em reunião no último dia 11. A pelêga e petista CUT é a maior central sindical do Brasil, com mais de 3.400 entidades filiadas e uma base de 22 milhões de trabalhadores. As outras centrais, menores, têm no imposto sindical uma de suas principais e mais seguras fontes de receita. O presidente da CUT, o pelêgo Artur Henrique, reuniu-se no fim da manhã desta quarta-feira com o ministro da Secretaria Geral, Gilberto Carvalho, que em sendo o interlocutor oficial do governo com sindicatos e onguismo petistas. Após a reunião do dia 11, Gilberto chegou a dizer que o fim do imposto sindical não era um consenso entre as centrais e que, portanto, o governo não encamparia a proposta antes que as centrais se entendessem entre si. Agora, Artur Henrique afirma que o ministro se comprometeu a apresentar a Dilma a demanda da CUT. O presidente da CUT tem como argumento central para pressionar o governo a enviar o projeto de lei ao Congresso um acordo assinado em agosto de 2008 com as outras cinco centrais sindicais e com o Ministério do Trabalho. Esse documento, cuja cópia foi apresentada nesta quarta-feira a Gilberto Carvalho, prevê "o compromisso das partes de apoiar o envio, pelo Poder Executivo ao Congresso Nacional, de anteprojeto de lei que institui a contribuição negocial e revoga todos os dispositivos da CLT que preveem a contribuição sindical". No lugar da contribuição sindical compulsória, seria instituída uma contribuição negocial, ou seja, o desconto na folha de pagamento dos trabalhadores dependeria da aprovação da medida em assembléias de cada sindicato, separadamente.Isso é uma monumental estupidez, porque o petralhismo controla o aparato sindical e qualquer assembléia, com meia dúzia de gatos pingados, imporia a contribuição a toda a categoria.
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