O ex-subchefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Carlos Antônio Luiz Oliveira, foi transferido na madrugada deste sábado para o presídio Bangu 8, após se entregar na tarde de sexta-feira à Polícia Federal. Oliveira, que era atualmente subsecretário da Secretaria Especial de Ordem Pública da Prefeitura do Rio de Janeiro, cargo do qual foi exonerado, é acusado de envolvimento com uma milícia que comanda a favela Roquete Pinto, na zona norte carioca. Essa milícia teria participado do desvio de armas apreendidas no Complexo do Alemão, ocupado por uma megaoperação policial e militar no fim do ano passado. A Operação Guilhotina cumpriu 45 mandados de prisão, a maioria contra policiais civis e militares acusados de envolvimento em um esquema de desvio de armas e drogas, além de repasse de informações sobre ações policiais em favelas da cidade do Rio de Janeiro. Já foram presas 35 pessoas, sendo 19 policiais militares, oito policiais civis e oito não policiais. Um dos presos é o policial militar Carlos Eduardo Nepomuceno Santos, conhecido como Edu, primo do traficante Marcinho VP, um dos líderes da facção criminosa CV (Comando Vermelho). Marcinho VP está no presídio federal de Porto Velho, em Rondônia. Segundo a Polícia Federal, os policiais civis se dividiam em quatro organizações: duas atuavam no fornecimento de armas e munições a traficantes de drogas; uma terceira estaria ligada a atividades de milícias que atuam em comunidades do Rio de Janeiro e também fornecia armas e munições ao tráfico; e outra faria segurança privada de grupos criminosos. De acordo com o Ministério Público Estadual, que instaurou inquérito para apurar a conduta de policiais, a suspeita é que eles também se apropriavam de bens e valores confiscados em apreensões da polícia. As investigações que levaram à realização da operação tiveram início durante uma ação policial, ocorrida em 2009, que era conduzida pela Delegacia da Polícia Federal em Macaé, denominada Operação Paralelo 22, que tinha o objetivo prender o traficante Rogério Rios Mosqueira, conhecido como Roupinol, que atuava na favela da Rocinha junto com o traficante Antônio Francisco Lopes, o Nem. Na relação dos 45 suspeitos, além do ex-subchefe da polícia, há 21 policiais militares e nove policiais civis. Veja os nomes de 43 dos 45 acusados: Leonardo da Silva Torres (Torres Trovão) - inspetor da Polícia Civil; Aldo Leonardo Ferrari (Leo Ferrari) - cabo da Polícia Militar; Flávio de Brito Meister (Master) - inspetor da Polícia Civil; Jorge do Prado Ramos, conhecido como Steve - inspetor da Polícia Civil; André Luiz Aragão Mirandela - policial militar; Luis Carlos Magalhães; Floriano Jorge Evangelista de Araújo, conhecido como Xexa - policial militar; Ivan Jorge Evangelista de Araújo - policial militar; Wellington Pereira de Araújo - policial militar; Carlos Eduardo Nepomuceno Santos, conhecido como Edu - policial militar; Christiano Gaspar Fernandes, conhecido como Cristiano - policial civil; Ricardo Afonso Fernandes, conhecido como Afonsinho - policial militar da reserva; Carlos Antônio Luís de Oliveira, conhecido como doutor Oliveira - delegado da Polícia Civil; Giovanni Gaspar Fernandes (Giovanni)- policial civil; Marcos Antonio de Carvalho, conhecido como Marcos Paraíba - policial militar; Paulo Araújo Costa, vulgo Araújo - policial militar; Stanlei Couto Fernandes (Stanlei) - inspetor da Polícia Civil;
Nilber Vinicius dos Santos, conhecido como Nilber - inspetor da Polícia Civil; Carlos Teixeira, conhecido como Bigu - policial militar; Roberto Luís Dias de Oliveira, conhecido como Beto Cachorro - policial militar; Ciel Brandão Martins, conhecido como Ciel; Roberci Teles Guilherme; Wagner Pinto da Silva, vulgo Russo; Alex Bento da Silva Souza, conhecido como Nike; Márcio Carlos Gomes da Silva, conhecido como Tico; Lenilson Roque Gonçalves, vulgo Biliu; Paulo Roberto da Silva Souza, conhecido como Paulinho Gaiola; Marcio Vinicius Tavares Xavier, conhecido como Marquinho Tiroteio; Hedreas Chaves Alves de Lima; André Luís Ferreira de Souza, conhecido como André Gari ou Raimundinho; Dilcimar Cunha Orofino; Helenio Dias Rodrigues - policial civil; Helenio Dias Rodrigues Junior (filho do Helenio); Élcio Vieira de Queiroz - policial militar do 16º BPM (Olaria); Marcelo Nakamura - policial civil; Fabricio Felix da Costa - policial militar do 16º BPM (Olaria); Ézio Penudo Costa - cabo do 22º BPM (Maré); Maurélio Pinto de Oliveira - policial militar do 22º BPM (Maré); Adilson José da Silva - cabo do 13º BPM (Praça Tiradentes); Teylon Silva - policial militar do Batalhão de Campanha; Ubiraci Moraes Damasceno - policial militar do Grupamento Especial de Policiamento de Estádios (Gepe); Tompson dos Santos - policial militar 9º BPM (Rocha Miranda).
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