quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Delegada considera injusta fama de corrupta da polícia do Rio de Janeiro

A nova chefe de Polícia Civil do Rio de Janeiro, delegada Martha Mesquita da Rocha, considera injusta a fama de corruptos dos policiais fluminenses. Assumindo em meio à crise na instituição, ela prefere falar dos bons policiais: "Quando saem reportagens como a da operação Guilhotina, acho injusto com aqueles que estão trabalhando e vivendo dos salários. A corrupção é nefasta em qualquer profissão, não apenas na polícia. Nela o problema é mais complicado, porque somos o retrato do Estado". Solteira, filha de portugueses, Marta Rocha é devota de Nossa Senhora da Conceição. Diz que vai a missa aos domingos e gosta da vida "de bairro". Define-se como chata no trabalho e avisa que começa o dia às 6 horas: "De certa maneira não tive filhos por opção, porque sempre fui casada com a polícia". Antes de entrar na polícia, foi professora primária. No primeiro dia de gestão, anunciou que trocará toda a cúpula da Polícia Civil. Ela disse que nenhum dos indicados está envolvido com os crimes apurados pela operação Guilhotina. Ela não admite que a corrupção seja o maior problema da polícia civil do Rio de Janeiro: "A corrupção é nefasta em qualquer profissão, não apenas na polícia. Nela o problema é mais complicado, porque somos o retrato do Estado. Mas tem-se a impressão de que a corrupção é muito maior entre os policiais, que têm um poder direto sobre o cidadão comum. Não tenho esse termômetro, mas não acredito que seja maior a corrupção entre os policiais. Ela só é mais visível. Mas entre dar visibilidade e não apurar, sou pela divulgação". Ela é forte candidata a durar pouco tempo no cargo.

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