segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
Corte de emendas parlamentares ao Orçamento será de 72%
Os ministros do Planejamento, Miriam Belchior, e da Fazenda, Guido Mantega, informaram nesta segunda-feira que haverá um corte de R$ 18 bilhões das emendas parlamentares do corte total de R$ 50 bilhões que o governo federal fará no Orçamento deste ano. O montante corresponde a aproximadamente 72% das emendas apresentadas pelos parlamentares, que ficaram próximas aos R$ 25 bilhões, segundo a Consultoria da Câmara. Segundo os ministros, o corte não vai "derrubar" a economia brasileira, mas ajustá-la a um patamar de crescimento "sustentável", na faixa dos 5% ao ano. "O crescimento do PIB deve ficar em torno de 7,5% em 2010, é uma aceleração excessiva para a economia brasileira. Então, estamos conduzindo a economia para um patamar mais sustentável, em torno de 5%. Crescer a 7,5% por um tempo longo pode criar gargalos, e gerar problemas inflacionários", explicou Mantega. Apesar de afirmar que as despesas com os programas sociais e com os investimentos do PAC serão integralmente mantidos, o governo anunciou que o corte de despesas no Orçamento deste ano irá afetar fortemente o programa habitacional "Minha Casa, Minha Vida". O programa terá uma contenção de mais de R$ 5 bilhões nos repasses do governo, o que representa 40% de corte (passará de R$ 12,7 bilhões para R$ 7,6 bilhões). Segundo Miriam Belchior, a redução de despesa tem relação com o fato de a segunda parte do programa "Minha Casa" ainda não ter sido aprovada pelo Congresso. A ministra espera que isso ocorra em abril. "Ainda assim, o orçamento do programa para este ano está R$ 1 bilhão maior do que ocorreu no ano passado, quando houve a maior parte das contratações do Minha Casa", afirmou a ministra.
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