|
Nelson Heller |
O Ministério Público gaúcho ofereceu denúncia na quarta-feira contra o cirurgião plástico Nelson Heller, por homicídio culposo e fraude processual. Para o promotor de Justiça Luís Antônio Portela, o médico causou, culposamente, mediante imperícia, negligência e com inobservância de regra técnica, a morte de Lívia Ulguin Marcello, ocorrida em 24 de março de 2010, nas dependências da clínica de sua propriedade, em Porto Alegre. Na denúncia, o Ministério Público narra que o acusado “utilizando-se de instrumento perfuro-contundente, matou Lívia, posto que manejou incorretamente a cânula de lipoaspiração, transfixando o diafragma e produzindo graves lesões no fígado da vítima, ocasionando-lhe choque hemorrágico secundário e lesões pérfuro-contundentes do fígado”. Também é citada a negligência em razão da demora em chamar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e o descumprimento da regra técnica da profissão pela não observância das cautelas exigíveis para atendimento de incorrências graves, pois não foi disponibilizado meio de transporte e convênio com hospital de referência para enfrentamento desse tipo de situação. Além disso, de acordo com o Ministério Público, após o fato Heller determinou a limpeza da sala de cirurgia onde havia ocorrido o óbito e o descarte dos fragmentos corporais aspirados do corpo da vítima por ocasião do procedimento de lipoaspiração, com o objetivo de induzir a erro juiz e perito. "Quando a equipe do Departamento Médico-Legal chegou à clínica do médico para realizar a inspeção de local de óbito, solicitada pela Polícia Civil, a sala cirúrgica estava limpa e os dois recipientes dos aspiradores vazios", informou Portela. Lívia Ulguim Marcello, 29 anos, foi à clínica estética de Nelson Heller para receber um implante de silicone nos seios e também para fazer uma lipoaspiração, mas morreu durante o procedimento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário