terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Venda de madeira por assentados acirra conflito no Pará
A conivência de alguns assentados de Anapu (PA) com o corte ilegal e a retirada de madeira do PDS Esperança será investigada pelo Ministério Público Federal de Altamira. Para entrar na área, os madeireiros chegam a pagar R$ 5 mil aos agricultores, o que tem provocado revolta da maioria das famílias. O procurador Bruno Gutschow anunciou que o Ministério Público Federal está trabalhando para identificar e punir quem vende madeira para as serrarias de Anapu. Na área onde funciona o projeto de desenvolvimento sustentável implantado pela missionária Dorothy Stang, assassinada por pistoleiros, em 2005, as famílias fecharam há uma semana as estradas de acesso ao projeto para impedir a entrada de caminhões das empresas madeireiras. As polícias civil e militar estão no local, mas o clima ainda é tenso por conta das ameaças de confronto entre os dois lados. No meio da disputa está o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, acusado de ter abandonado os agricultores à própria sorte. A fiscalização dos órgãos ambientais também pouco aparece na região, o que facilita a entrada das madeireiras para derrubar a floresta que cerca o assentamento.
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