segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Tarso Genro critica peremptoriamente a reação de políticos italianos no caso do terrorista Cesare Battisti
O ex-ministro da Justiça, o peremptório transversal Tarso Genro, afirmou que a reação dos políticos italianos diante da decisão do Brasil de não extraditar o terrorista Cesare Battisti foi "excessiva". Em entrevista publicada nesta segunda-feira no jornal "La Stampa", o atual governador petista do Rio Grande do Sul disse que algumas autoridades italianas agiram com "incivilidade e vulgaridade", o que pode ter "azedado" a situação. Em janeiro de 2009, o peremptório Tarso Genro concedeu refúgio político ao terrorista, condenado à prisão perpétua na Itália por quatro assassinatos cometidos na década de 1970, quando integrava o grupo PAC (Proletários Armados pelo Comunismo). Posteriormente, o Supremo anulou essa concessão de refúgio, declarando-a ilegal. Tarso Genro declarou, peremptóriamente, que, nas condições em que o processo foi julgado na Itália, "a condenação de Battisti está impregnada de dúvidas", e em "qualquer sistema jurídico democrático", a dúvida em relação às provas também é uma dúvida sobre o próprio crime. O governador do Rio Grande do Sul ainda comparou a Itália dos Anos de Chumbo (1969-1980) com a ditadura militar brasileira (1964-1985). "Quero recordar o povo italiano que, inclusive eu e a presidente Dilma Rousseff, fomos definidos como 'terroristas' pela ditadura militar, quando, na realidade, lutávamos pelo retorno da liberdade democrática", disse. Tanto Dilma Rousseff, quanto Tarso Genro, não lutaram pela redemocratização do País. Ao contrário, lutavam pela ditadura do proletariado. Queriam derrubar uma ditadura para impor outra. Tarso Genro, em 1982, quando o Brasil já vivia em pleno processo de redemocratização (a decretação da anistia é de 1979), era dirigente do Partido Comunista Revolucionário, e tentava impor uma nova sequência de operações armadas. Os episódios daquela época ainda estão muito vívidos para que Tarso Genro possa inventar a sua versão da história, contestando a verdade, sem ser questionado e oposto. Quando ele compara a Itália à ditadura brasileira, é outro gigantesco falseamento da realidade. A democracia italiana é um caso notável, porque o Estado Democrática de Direito, lá, conseguiu combater o terrorismo sem sair do marco legal. Definitivamente, Tarso Genro não foi um combatente pela democracia, mas pela ditadura do proletariado.
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