terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Suíça estende bloqueio de R$ 22 milhões atribuídos a Paulo Maluf
A Justiça da Suíça decidiu estender o bloqueio do equivalente a US$ 13 milhões (R$ 21,8 milhões) depositados em uma conta atribuída ao deputado federal Paulo Maluf (PP-SP). A Suíça bloqueou em 2001 a conta, aberta em um banco em Lausanne, em nome de Lygia Maluf, filha do político, por ter indícios de que ela recebia recursos desviados da prefeitura de São Paulo. A conta segue bloqueada porque autoridades suíças perguntaram a procuradores e promotores brasileiros se havia interesse de manter esses valores congelados para um eventual repatriamento. Diante da resposta positiva, a Justiça decidiu que a família Maluf não pode mexer nos US$ 13 milhões. Um dos indícios de que a conta é de Maluf, segundo autoridades suíças, é que um dos bancos daquele país mantinha uma ficha dele com assinaturas e cópia do passaporte. Maluf tem cerca de US$ 140 milhões (R$ 235 milhões) bloqueados nas Ilhas Jersey, Suíça, Luxemburgo e França, todos na Europa. O maior montante está nas Ilhas Jersey, no canal da Mancha. Lá, estão bloqueados US$ 113 milhões, dos quais cerca de US$ 100 milhões são em debêntures da Eucatex, que Maluf teria comprado com dinheiro desviado de obras quando foi prefeito de São Paulo pela segunda vez, entre 1993 e 1996. Apesar de a Suíça ter mantido o bloqueio, o caso da conta suíça cuja titularidade é atribuída a Maluf não é alvo de uma ação penal no Brasil. O país mantém o bloqueio de recursos de políticos porque quer se livrar de dinheiro de corrupção. O caso da conta de Lausanne faz parte de uma denúncia feita há quatro anos e que ainda não foi aceita pelo Supremo Tribunal Federal. Cabe ao ministro Ricardo Lewandowski decidir se a denúncia faz sentido e se deve virar ação penal.
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