terça-feira, 25 de janeiro de 2011
Investimento estrangeiro soma US$ 48 bilhões e bate recorde em 2010
Os investimentos estrangeiros diretos, aqueles destinados ao setor produtivo, bateram recorde em 2010 em valores absolutos. Em relação ao PIB, no entanto, ainda estão abaixo do verificado antes da crise do final de 2008. Segundo dados do Banco Central, entraram no País US$ 48,5 bilhões, quase o dobro do verificado em 2009 (US$ 25,9 bilhões). Contrariando a previsão do Banco Central e do mercado financeiro, o dinheiro foi suficiente para financiar o deficit externo do País no mesmo período, que ficou em US$ 47,5 bilhões. Somente em dezembro, foram US$ 15 bilhões, revertendo o resultado fraco verificado no meio do ano. O valor é recorde, impulsionado por operações no setor de petróleo e gás natural. As reservas internacionais somaram US$ 288,6 bilhões, em dezembro, aumento de US$ 3,1 bilhões em relação ao estoque do mês anterior. Os investimentos estrangeiros em ações e títulos somaram US$ 52,3 bilhões, ante US$ 47 bilhões um ano antes. Para ações negociadas no País foram destinados US$ 30,6 bilhões no ano passado, ante US$ 32 bilhões em 2009. Também nesta terça-feira, o Banco Central divulgou que o aumento nas viagens internacionais, nas remessas de lucros e nas importações levou o Brasil a registrar um déficit recorde nas contas externas em 2010 de US$ 47,5 bilhões. O valor é quase o dobro do registrado em 2009 (US$ 24,3 bilhões), quando a desaceleração da economia ajudou a segurar esse resultado negativo, que reflete a vulnerabilidade do País a choques externos. Na comparação com o PIB (Produto Interno Bruto), o deficit passou de 1,52%, em 2009, para 2,28%, no ano passado, maior desde 2001 (4,2%), segundo dados do Banco Central. Viagens, lucros e comércio exterior contribuíram, cada um, com cerca de US$ 5 bilhões para o aumento do déficit do ano passado em relação a 2009.
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