quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Família Assis pede aumento em repasses e prefeitura decide rescindir contrato com Instituto
A negociação entre a prefeitura de Porto Alegre e a família Assis Moreira para manutenção do contrato com o Instituto Ronaldinho Gaúcho terminou sem acordo. Espantados com o pedido de aumento de 160% nos repasses anuais da prefeitura para a organização, os representantes da secretaria municipal da Educação decidiram encaminhar a rescisão do documento. "A proposta ficou muito além daquilo que poderíamos pagar. Em 2010, pagamos R$ 1,4 milhão. O pedido da família Assis elevaria o valor em 160%, chegando a R$ 3,7 milhões", explica a secretária Cleci Jurach. Apesar do aumento no repasse, o número de crianças atendidas pelo instituto seria o mesmo: 700. Os jovens serão atendidos em outros espaços, que estão sendo alinhavados pela secretaria. Os repasses de mais de R$ 5 milhões destinados ao Instituto Ronaldinho Gaúcho ao longo dos últimos três anos serão questionados a partir de hoje pelos vereadores Adeli Sell (PT) e Dj Cassiá (PTB). Eles pretendem protocolar na Câmara um pedido de informações a respeito dos gastos de verbas públicas por parte da organização. "É dinheiro público. É nossa obrigação fiscalizar e saber onde foram gastos esses valores. Queremos entender como o Instituto vai fechar, mesmo com todo esse dinheiro que foi repassado e com o salário astronômico que ganha o Ronaldinho. Como ele não tem capacidade de manter?", questiona Adeli Sell. Segundo o site do Tribunal de Contas do Estado (TCE), o instituto recebeu um total de R$ 5,3 milhões por parte da prefeitura da Capital. Os vereadores acrescentam que a organização recebeu R$ 2 milhões de verbas do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), em 2007, dinheiro repassado para ele quando o peremptório Tarso Genro era ministro da Justiça.
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