sábado, 15 de janeiro de 2011
Campos petrolíferos da Bolívia se esgotarão em cinco anos
A Câmara Boliviana de Hidrocarbonetos e Energia advertiu na sexta-feira que os campos petrolíferos que são explorados no país se esgotarão em cinco anos, o que exige fortes investimentos em prospecção de novas áreas. Segundo relatório da Câmara, os principais campos petrolíferos bolivianos no leste, centro e sudeste do país cobriam há uma década 90% da produção interna de combustíveis líquidos, enquanto hoje fornece apenas 28%. "Como efeito de sua exploração ao longo de décadas e de seu inevitável declínio, nenhum dos campos petrolíferos da Bolívia, descobertos, na média, há 30 anos, produzem hoje o que produziam em 2002", pois seus níveis atuais equivalem a um terço do de então, indica a fonte. "Se o ritmo do declínio dos campos for mantido, sua produção chegará ao fim por volta da metade da década, ou seja, dentro de cinco ou seis anos", acrescenta o estudo. Na Bolívia operam a hispano-argentina Repsol YPF, a Petrobras, a francesa TotalFinaElf e a britânica British Gas, entre outras petrolíferas associadas à Câmara Boliviana de Hidrocarbonetos e Energia. A produção de combustíveis líquidos alcançou em 2005 o pico de 50.576 barris diários de petróleo, enquanto em 2010 o número desceu para 42.430 barris diários. Segundo a Câmara Boliviana de Hidrocarbonetos e Energia, a produção de líquidos associados ao gás natural nas jazidas que começaram a ser exploradas em 2010 permitiu compensar a perda de cerca de 20 mil barris diários de petróleo que deixaram de ser produzidos em 35 campos petrolíferos "em declínio". A entidade também chamou a atenção para o fato de que o número de perfurações de poços petroleiros caiu dos 39 registrados em 2000 para uma média anual de dois nos últimos seis anos. Isso é no que deu a política grotesca de desinvestimento do ditador indio cocaleiro Evo Morales.
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