domingo, 19 de dezembro de 2010
Vargas Llosa diz que fundamentalismo islâmico é maior inimigo da democracia
O prêmio Nobel de Literatura 2010, o peruano Mario Vargas Llosa, afirmou no sábado, no Chile, que o fundamentalismo islâmico substituiu o comunismo como o maior inimigo à democracia. "A cultura da liberdade continua tendo inimigos extremamente perigosos, o comunismo foi substituído pelo fundamentalismo islâmico como o maior inimigo que tem, no mundo atual, a cultura da democracia", assegurou o escritor, durante intervenção no encerramento de um fórum internacional de políticas públicas em Santiago. De acordo com Vargas Llosa, o extremismo islâmico "não é tão forte como foi a União Soviética, mas é um desafio no qual militam fanáticos convencidos de que com a destruição da cultura ocidental e tudo o que ela representa vão ganhar o Paraíso". Vargas Llosa, que foi convidado ao Chile pelo grupo de pensamento Liberdade e Desenvolvimento, na comemoração de seu 20º aniversário, destacou que "o fanático religioso é extremamente perigoso sobretudo se está disposto a sacrificar a vida em nome deste modelo no qual acredita". "O integrismo islâmico, que matou muitíssimos mais muçulmanos que pagãos ou cristãos, segundo sua denominação, representa uma minoria e parte de convicções religiosas e políticas tão absolutamente anacrônicas, em conflito com a modernidade, que jamais poderão derrotar a cultura ocidental", afirmou. Vargas Llosa se dirigiu aos grupos terroristas islâmicos e assegurou: "Não vão nos derrotar, mas devemos saber nos defender para não permitir que, aproveitando as instituições da liberdade, se infiltrem nas nossas sociedades e semeiem o terror. O terror muitas vezes fez as democracias renunciarem a conquistas democráticas fundamentais, mas não podemos perrmití-lo. A democracia não pode começar a usar as armas dos terroristas".
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