terça-feira, 28 de dezembro de 2010
Uruguai iniciará escavações para encontrar corpos de desaparecidos na ditadura
O governo do Uruguai e a Universidade da República (Udelar) assinaram um acordo para continuar as escavações dentro de um batalhão de paraquedistas próximo a Montevidéu, para encontrar os restos mortais dos presos desaparecidos durante a ditadura militar (1973-1985). O convênio estipula que as tarefas de remoção de terras serão realizadas no Batalhão de Infantaria Paraquedista Nº 14 de Toledo, entre 1º de fevereiro a 31 de julho de 2011, e caso não haja nenhum resultado neste período de tempo, é permitida a prorrogação do prazo até outubro. As tarefas, que estarão a cargo do chefe de Antropologia Forense da Udelar, José López Mazz, terão um custo de US$ 114 mil e serão financiadas pelo Estado. Caso as escavações obtenham resultados, é possível que os trabalhos de busca por corpos de desaparecidos seja estendido a outros locais do país. O governo de Tabaré Vázquez (2005-2010) realizou escavações no Batalhão nº 13 do Exército e em uma chácara privada que pertenceu à Força Aérea, onde foram encontrados em 2005 os restos mortais do professor Fernando Miranda e do trabalhador metalúrgico Ubagesner Chavéz Sosa. Organizações dos direitos humanos estimam que cerca de 200 pessoas desapareceram durante a ditadura, a maioria delas sequestradas na Argentina no Plano Condor, que coordenou a repressão dos regimes militares do Cone Sul (Brasil, Argentina, Chile, Bolívia, Paraguai e Uruguai) nos anos 1970 e 1980.
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