quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Polícia Federal vai implantar banco de DNA para identificar criminosos
Uma garota é violentada e morta. Peritos vão até o local do crime e colhem material que pode conter o DNA do assassino. A polícia, então, cruza os dados com os de outros criminosos do País e descobre que o DNA é de um homem que já foi preso por roubo em outro Estado. A cena, que lembra um seriado norte-americano do tipo CSI, pode se tornar real no Brasil em 2011 com a implantação do primeiro banco de perfis de DNA do País. O plano da Polícia Federal é formar a Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos, com laboratórios em 16 Estados brasileiros, além do Distrito Federal. O sistema foi apresentado no 2º Encontro Nacional de Química Forense, que começou nesta quarta-feira em Ribeirão Preto (a 313 quilômetros de São Paulo). O gerenciamento das informações será de responsabilidade de cada Estado, que disponibilizará esses dados para a rede. A alimentação ficará a cargo de peritos oficiais, especialistas em genética forense, indicados pelos órgãos de perícia. De acordo com o diretor técnico-científico do Instituto de Criminalística da Polícia Federal, Paulo Roberto Fagundes, a implantação do banco brasileiro de perfis genéticos, dispondo do respaldo jurídico e dos recursos necessários, vai contribuir significativamente para o combate à criminalidade, especialmente os crimes sexuais e crimes contra a vida. Fagundes afirma que o uso dessa tecnologia é imprescindível para o Brasil poder combater os elevados níveis de violência e de impunidade que assolam o País. O software utilizado é o Codis (Combined DNA Index System), desenvolvido pelo FBI, serviço de investigação norte-americano, e cedido à Polícia Federal.
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