terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Estudo indica que favela em Realengo tem piores indicadores de áreas com UPPs
A favela do Jardim Batam, em Realengo (na zona oeste do Rio de Janeiro) apresentou os piores indicadores sociais entre nove favelas já beneficiadas com as UPPs (Unidade de Polícia Pacificadora), em estudo feito a partir de entrevistas com 9.000 moradores. O levantamento, realizado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro e pelo Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (Iets), aponta desigualdades entre comunidades onde foram instaladas UPPs no que se refere a renda, escolaridade, infraestrutura e cidadania. De acordo com o estudo, a renda domiciliar per capita na favela do Batam é de R$ 406,00 por mês, a mais baixa entre as comunidades pesquisadas. Logo depois, aparece o morro da Providência, no centro do Rio de Janeiro, onde o valor é de R$ 439,00. No Pavão Pavãozinho, na zona sul, foi encontrada a renda domiciliar mais alta, de R$ 691,00 per capita mensais. As favelas de Cidade de Deus (zona oeste) e Chapéu Mangueira (zona sul) têm a segunda melhor renda domiciliar per capita, com R$ 648,00. Mas todas as nove comunidades têm média inferior à região metropolitana do Rio de Janeiro, onde a renda domiciliar per capita é de R$ 905,00 por mês. O cenário de carência nas favelas do Batam e da Providência se reflete também nas taxas de emprego, escolaridade e infraestrutura. As duas comunidades têm a maior porcentagem de pobres (36% e 28%) e os mais altos índices de desemprego (19,7% e 10%). No Batam, os dados também apontam deficiências de infraestrutura: apenas metade das ruas da comunidade é pavimentada, e só 48,5% dos domicílios possuem iluminação pública. "A primeira coisa que se percebe é a total necessidade, a total carência de todas as comunidades", diz Hilda Alves, gerente de Pesquisas e Estatística da Firjan.
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