quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
Conselheiro do TCE-SP recebeu R$ 1 milhão em conta na Suíça
Documentos mostram que Robson Marinho, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo e chefe da Casa Civil do governador Mario Covas, entre 1995 e 1997, recebeu em uma conta na Suíça três depósitos feitos pelo empresário Sabino Indelicato que somam US$ 605.098,00. O valor equivale hoje a pouco mais de R$ 1 milhão. A suspeita do Ministério Público é que os valores depositados são parte da propina paga pela Alstom para obter contratos com o governo de São Paulo a partir de 1997. Há também a hipótese de que Marinho recebeu o valor para aprovar no Tribunal de Contas os contratos da Alstom com empresas como o Metrô e a Eletropaulo. Indelicato controla uma empresa, chamada Acqualux, que recebeu recursos da Alstom sem que conseguisse comprovar que foi prestado algum serviço de consultoria. A Justiça determinou a quebra do sigilo bancário e fiscal de Marinho por conta da suspeita de enriquecimento ilícito. Também foi quebrado o sigilo do engenheiro Jorge Fagali Neto, irmão do presidente do Metrô. A juíza Maria Gabriella Pavlópoulos Spaolonzi diz na decisão que 11 investigados e a Acqualux não conseguiram comprovar com documentos os bens que acumularam.
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