sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
Cientistas descobrem forma de calcular matematicamente impressões digitais
Pesquisadores descobriram uma forma de calcular matematicamente a singularidade de uma impressão digital. Embora as impressões digitais sejam únicas a cada indivíduo, impressões de cenas de crime são, geralmente, padrões incompletos obtidos em maçanetas ou pedaços de vidro. Conhecer a singularidade de uma impressão parcial pode ser útil a cientistas forenses que tentam determinar o valor de uma impressão digital como evidência, explicou Sargur Srihari, um cientista de computação da Universidade de Buffalo (EUA) que está conduzindo a pesquisa. A singularidade já é usada como ferramenta de avaliação. "Imagine um caso simples, onde um crime foi cometido por alguém com dois metros de altura'', disse Srihari: "Essa é uma estatura bastante rara; assim, essa característica se torna uma valiosa evidência para ajudar a identificar o suspeito". Outro exemplo é o DNA. Analistas forenses podem determinar o grau de singularidade de um padrão específico de DNA, e depois escolher usar essa informação para identificar possíveis culpados. Srihari e o estudante universitário Chang Su dizem ter feito o mesmo para as impressões digitais. "É puramente matemático. Estamos simplesmente dizendo, acabamos de achar algo que é incomum, e isso se torna uma importante evidência". Para fazer a pesquisa, os cientistas definiram as impressões digitais como uma série de pontos, compostos pelas pontas e bifurcações dos sulcos. E usaram um banco de dados de 4.000 impressões digitais, do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia dos Estados Unidos, e criaram um sistema de computação que consegue ler padrões de impressões. Com base nos pontos de uma impressão, o sistema pode determinar matematicamente sua singularidade. Atualmente, os cientistas forenses tomam essa decisão sem o apoio da tecnologia. "Podem ser encontradas centenas de impressões numa cena de crime, e hoje a análise é feita intuitivamente por peritos humanos", disse Srihari: "Mas nós podemos calcular isso". A pesquisa foi apresentada na semana passada em Vancouver, na Columbia Britânica, durante a conferência anual de Sistemas de Processamento de Informações Neurais.
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