segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Azul fecha acordo para priorizar piloto formado na PUC-RS em sua seleção
O risco de um apagão de mão de obra no setor aéreo levou a Azul a buscar uma espécie de seguro para não ficar sem pilotos. A empresa assinará nesta terça-feira um convênio com a Faculdade de Ciências Aeronáuticas da PUC-RS, de Porto Alegre (RS), que dá prioridade aos profissionais formados pela instituição em seus processos de seleção. A faculdade formou pilotos para a Varig por quase uma década. Com a parceria, a companhia espera preencher parte das 150 vagas para copiloto que planeja abrir por ano até 2015. Hoje, a PUC-RS tem capacidade para formar 60 alunos por ano. Para o diretor de operações da Azul, Álvaro Neto, a companhia sai na frente na disputa por profissionais qualificados. "A aviação comercial experimentou nos últimos anos um crescimento inédito e a formação de profissionais não tem acompanhado esse ritmo. Ainda não estão faltando pilotos, mas poderão faltar se o processo de formação não for acelerado", afirma. O executivo lembra que o País ainda sofre os efeitos da debandada de pilotos brasileiros para o exterior depois que Varig, Vasp e Transbrasil encerraram suas operações. "A Azul já repatriou cerca de 50 profissionais que estavam fora, mas ainda há mais de 300. É difícil trazê-los de volta, pois a maioria se estabilizou e é muito bem remunerada", diz. Embora não haja exigências de que os pilotos de companhias aéreas tenham graduação em Ciências Aeronáuticas, a tendência é de que as companhias deem preferência a esses profissionais, avalia Neto, da Azul. O alto custo da formação dos pilotos, no entanto, ainda é um entrave para que mais pessoas ingressem na profissão. O curso da PUC-RS, que tem duração de três anos, custa R$ 110 mil, por exemplo. Esse valor, no entanto, só inclui a parte teórica. Para se formar, os alunos precisam ainda arcar com os custos das horas de vôo exigidas.
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