segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Rede britânica reforça denúncia de corrupção contra Ricardo Teixeira
No mesmo dia em que o jornal suíço "Tages-Anzeiger" publicou reportagem citando o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, nesta segunda-feira, como uma das pessoas vinculadas a uma lista secreta de pagamentos de uma empresa "fantasma" associada à Fifa, a rede britânica BBC exibe um programa, chamado 'Panorama', engrossando denúncia. De acordo com a emissora, Teixeira, que também é o responsável pela organização da Copa-2014; o presidente da CAF (Confederação Africana de Futebol), Issa Hayatou; e o presidente da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol), Nicolas Leoz, receberam suborno da empresa de marketing esportivo ISL, que possuía direitos exclusivos da Copa do Mundo e contratos milionários de transmissão, entre os anos de 1989 e 1999. A empresa terminou falindo em 2001. As propinas apareceram em um documento confidencial listando 175 pagamentos no total de US$ 100 milhões (cerca de R$ 172 mi). A denúncia é reforçada por Roland Buechel, ex-diretor da ISL. Alguns detalhes da história emergiram em 2008, quando seis dirigentes da empresa foram acusados de desvio de dinheiro. Teixeira, Leoz e Hayatou integram o grupo de 22 dirigentes do Comitê Executivo da Fifa que escolherão na próxima quinta-feira as sedes dos Mundiais de 2018 e de 2022. As acusações do "Tages-Anzeiger" se somam, entre outras, às denúncias que deixaram o taitiano Reynald Temarii e o nigeriano Amos Adamu de fora da votação do dia 2 de dezembro. Inglaterra, Rússia e as candidaturas conjuntas Espanha-Portugal e Holanda-Bélgica disputam a organização da Copa de 2018, enquanto Austrália, Coreia do Sul, Estados Unidos, Japão e Qatar desejam organizar o Mundial de 2022. Mesmo com essa história, e todas essas acusações, Ricardo Teixeira é indicado para a presidência da Fifa. Talvez seja por isso mesmo. A ISL atuou no Brasil e deixou um rastro de situações inexplicáveis. Foi responsável pela quase falência do Grêmio, de Porto Alegre.
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