quinta-feira, 4 de novembro de 2010
PSDB quer oposição "forte" a Dilma, mas sem prática do "quanto pior, melhor"
Em carta encaminhada nesta quinta-feira a militantes, candidatos e colaboradores do PSDB, o presidente do partido, senador Sérgio Guerra (PE), defende que o partido faça uma oposição "forte" à presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), mas sem a prática do "quanto pior, melhor". Mesmo depois de o presidente Lula afirmar que a oposição foi "raivosa" durante seu governo ao fazer a "política do estômago", o neocoronel nordestino Sérgio Guerra adotou um tom ameno ao propor a fiscalização do governo Dilma. O presidente do PSDB afirma, na carta, que as urnas deram ao PSDB a "obrigação" de fazer oposição ao governo Dilma, com a defesa de bandeiras tradicionais dos tucanos, como a liberdade de pensamento e do respeito às leis. "Nunca fomos, e não seremos agora, a favor do quanto pior melhor. Entretanto, as urnas deram ao partido a obrigação de fazer uma oposição forte, sem concessões. E para defender bandeiras como a defesa da liberdade de pensamento e do respeito às leis, nós precisamos, mais do que nunca, da ajuda permanente de vocês", diz na carta. Sérgio Guerra pede o apoio dos aliados para fiscalizar o novo governo a partir de janeiro de 2011: "A luta pela democracia não se faz só em época de eleição, mas todos os dias, em todos os lugares, reais ou virtuais. Para essa grande tarefa de fiscalização do governo e de difusão dos nossos ideais, contamos com vocês". Na carta, o tucano diz ainda que o PSDB "saiu maior, mais forte e unido" das eleições ao eleger oito governadores e manter bancadas "representativas" no Congresso e Assembléias Legislativas. Ou seja, ele já está propondo a política do "cavalherismo", o que nunca pode acontecer com adversários como o PT e os petistas.
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